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Diário Liberdade
Domingo, 15 Janeiro 2017 13:10 Última modificação em Quinta, 19 Janeiro 2017 21:44

Medo de perder emprego, aumento na carestia de vida e insegurança alimentar viram rotina em Buenos Aires

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País: Argentina / Laboral/Economia / Fonte: Diário Liberdade

Nada menos que 43% dos trabalhadores e trabalhadoras da região metropolitana de Buenos Aires acredita que perderá o emprego nos próximos meses, segundo revelou uma pesquisa recente divulgada neste domingo (15) pelo jornal Página/12.

De acordo com levantamento do Centro de Estudos Metropolitanos (CEM), sete em cada dez habitantes da capital argentina e seus arredores se consideram em situação de insegurança econômica., o que afirma o resultado de pesquisas anteriores que concluíram que 70% se diz em situação econômica ruim ou péssima.

Nos últimos 12 meses, 38% dos lares do município de Buenos Aires diminuíram seu consumo de alimentos. Essa porcentagem se estende para 45% na região metropolitana. O motivo é a falta de dinheiro.

Além disso, um em cada quatro habitantes da Grande Buenos Aires afirma ter ao menos um membro de sua família que passou fome por não ter rendimento suficiente para comprar alimentos. O mesmo percentual de pessoas diz sofrer de insegurança alimentar.

No último ano, a maior parte da população de Buenos Aires, e em decorrência, de toda a Argentina, teve uma diminuição de sua renda.

Segundo a mesma pesquisa, a renda não cobre todos os gastos básicos para 45% dos entrevistados e 52% dos habitantes da capital dizem que a situação piorou para sua família nos últimos 12 meses. Em algumas regiões da área metropolitana, esse número sobe para 62%.

Os mais afetados, como sempre, são os pertencentes às camadas populares. Quem mora na periferia de Buenos Aires diz sofrer mais insegurança laboral, sanitária e de transportes. As mulheres são mais inseguras socialmente, assim como os jovens e os de baixa escolaridade.

A culpa por essa situação é colocada no presidente Maurício Macri. Na opinião de 75% dos entrevistados, o governo federal é o responsável pela piora nas condições de vida da população bonaerense nos últimos 12 meses.

O perído da agudização das condições de pobreza, que chegaram a um terço da população, coincide com o tempo de mandato de Macri, que assumiu a presidência há um ano.

A inflação fechou 2016 em 41%, pior índice em 25 anos. Ainda, o desemprego passou de 5,9% para 9,3% no segundo trimestre do ano passado.

Conforme dados do Instituto de Estatística e Censos (Indec), a desigualdade social vem aumentando nos últimos anos em escala nacional, desde o final do governo de Cristina Kirchner e especialmente nos primeiros 12 meses do regime macrista.

Em somente três meses, a renda dos 10% mais ricos passou de 23 vezes para 25,6 vezes as dos 10% mais pobres. A base da pirâmide social recebeu, em média, 1.370 pesos (275 reais) mensais, enquanto a elite abocanhou 34.998 pesos (7 mil reais).

A renda de metade dos argentinos não cobre a Cesta Básica Total, ou seja, não é o suficiente para comprar alimentos e serviços necessários a uma família média.

Em entrevista ao jornal La Nación deste domingo, o pai do presidente Macri avaliou com uma nota 5 o primeiro ano de mandato de seu filho. Franco Macri também desestimulou Mauricio a concorrer à reeleição em 2019: “quatro anos são suficientes.”

Para a população argentina, esses quatro anos parecerão oito, uma vez que a tendência é que a situação piore, segundo o levantamento do CEM.

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