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Diário Liberdade
Quinta, 06 Abril 2017 15:19 Última modificação em Domingo, 09 Abril 2017 00:21

Sob forte repressão policial, greve geral paralisa Argentina contra políticas neoliberais de Macri

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País: Argentina / Laboral/Economia / Fonte: Diário Liberdade

Atendendo ao chamado da Confederação Geral do Trabalho (CGT), trabalhadores e trabalhadoras da Argentina realizaram nesta quinta-feira (06) a greve geral, mais uma das muitas demonstrações populares contra o governo do presidente Maurício Macri desde que este assumiu o comando do país e iniciou a implementação de ajustes neoliberais.

Já no início da madrugada, piquetes foram feitos nas portas das fábricas e locais de trabalho pelos grevistas. Portuários, rodoviários, metroviários, pequenos e médios comerciantes, professores, operários aderiram em massa à greve geral, considerada exitosa.

As ruas de muitas cidades permaneceram vazias durante boa parte do dia, com a paralisação total dos transportes e pouca movimentação. Diversas vias de acesso à Buenos Aires foram obstruídas.

Entretanto, a polícia argentina agiu desde a manhã para desmontar os piquetes e bloqueios de ruas e avenidas pelos manifestantes, que queimaram pneus e permaneceram estacionados protestando.

Bombas de gás lacrimogêneo, cães e jatos d'água foram utilizados pelas forças de segurança para reprimir as manifestações na capital argentina. Dezenas de pessoas se feriram e algumas foram presas.

As ações violentas da polícia foram denunciadas por defensores dos direitos humanos, como o vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel.

Dirigentes de esquerda também denunciaram que a repressão policial veio mesmo depois dos manifestantes aceitarem liberar algumas vias.

As principais bandeiras de luta deste dia de greve geral foram a exigência por salários dignos, contra o alto índice de desemprego e igualdade para todos e todas.

Desde a chegada de Macri à presidência da Argentina, em 2016, seu governo realizou cortes em áreas como saúde e educação e aumentou o preço do gás, água e energia elétrica em até 300%.

Segundo o jornal Página 12, esta foi a 40ª greve geral desde o fim da última ditadura militar na Argentina, em 1983 (média de uma a cada dez meses).

O MST (Movimento Socialista dos Trabalhadores) convocou uma nova greve geral, por meio de seu dirigente, Alejandro Bodard. "Chamados os trabalhadores a exigirem à CGT e à CTA [Central de Trabalhadores da Argentina] a continuidade da luta contra o ajuste marcando uma data para uma nova greve geral com mobilização até a Praça de Maio", declarou.

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