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Diário Liberdade
Quinta, 18 Mai 2017 12:28 Última modificação em Sábado, 20 Mai 2017 14:48

Setores opositores manipulam informação de falecidos para justificar intervenção estrangeira na Venezuela

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País: Venezuela / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: AVN

As informações sobre o falecimento de 38 pessoas e 787 feridos como consequência da violência nas ruas promovidas por dirigentes da direita venezuelana são utilizadas para promover uma campanha pró-ingerência na comunidade internacional, criando a opinião de uma suposta ingovernabilidade e repressão por parte das forças de segurança.

Os porta-vozes Julio Borges (Primeiro Justiça) e Freddy Guevara (Vontade Popular) impulsionam esta campanha midiática que faz acreditar que protestos pacíficos são reprimidos com consequências fatais e que os falecidos são resultado da ação da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).

Em meio às acusações ressaltam os casos da atuação de radicais opositores que acabaram com a vida de venezuelanos, como Paola Ramírez, jovem de 23 anos, que levou um tiro no dia 19 de abril. 

Embora o ato tenha sido apontado como "responsabilidade dos coletivos" para culpar o chavismo, as investigações determinaram como responsável Alexis Pernía Pérez (31), membro do partido Vente Venezuela, de María Machado, que disparou mais de 20 vezes com uma arma modelo Glock 19.

Pernía foi detido no Centro Penitenciário do Ocidente II, pelos delitos de homicídio doloso simples e porte ilícito de arma de fogo.

Nesse mesmo dia, Almelina Carrillo Virgüez (48) sofreu o impacto de uma garrafa de água congelada que lhe causou um traumatismo severo, morrendo dias depois, em 23 de abril. Segundo as investigações, o objeto foi jogado por Jesús Juan Albi Zambito (42) do seu apartamento em La Candelaria, para atacar um grupo de simpatizantes do chavismo que caminhavam pela zona.

Albi Zambito foi detido no dia 2 de maio em sua casa e privado de liberdade pelo delito de homicídio doloso qualificado. Permanece no Internado Judicial de Yare III, estado de Miranda.

Outro caso é o de Juan Pablo Pernalete (20), apontado como "mais um morto da repressão pela GNB por uma bomba de gás lacrimogêneo"; no entanto, as investigações do Ministério Público determinaram que o jovem faleceu por um impacto em seu peito esquerdo causado supostamente por uma pistola de dado cativo, utilizada para o abate de gado.

Em um vídeo, divulgado pelo programa Zurda Konducta, do canal estatal VTV, é possível ver como o jovem foi rodeado e caminhava com um grupo de encapuzados. Dois deles ficam ao lado de Pernalete e trocam um objeto com o que, supostamente, lhe causou a lesão.

A autópsia concluiu de maneira preliminar que o hematoma é similar ao que deixa este tipo de arma.

Outra informação de relevância manipulada para gerar comoção foi a morte do músico Armando Cañizales (17), divulgada como provocada pelo impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo.

Segundo o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC) o disparo que causou a morte de Cañizales Carrillo aconteceu possivelmente com uma arma de fabricação caseira, que não é utilizada pelas forças de segurança e que estava carregada de esferas metálicas.

Os exames de balística na zona onde ocorreu a morte indicam que seis disparos efetuados neste momento estavam dirigidos contra os funcionários da GNB que mantinham a ordem no local.

Em todos estes casos, a intenção foi demonstrar, sem provas, que os autores eram membros da GNB, como destacou o jornal espanhol La Vanguardia na matéria "A verdade sobre o violinista morto", publicada em 7 de maio.

"Como em outros momentos nesta crise, a narrativa de uma juventude heroica massacrada pela ditadura bolivariana não se atém aos fatos no caso de Armando Cañizales. Logo transcendeu que a realidade da morte do músico foi muito mais complexa", afirmou.

As autoridades venezuelanas denunciaram que estas ações de violência são estimuladas nos Estados Unidos para impulsionar a campanha ingerencista apoiada pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que queria aplicar a Carta Democrática contra a Venezuela sem cumprir os requisitos para tal procedimento.

"Quando se reduz a intensidade do conflito na Venezuela, de lá (OEA) se pede mais violência", o plano é que "aqui (na Venezuela) se põe as vítimas para que de lá possam aprovar o que queiram aprovar", denunciou na última sexta-feira Samuel Moncada, quem exercia funções diplomáticas nesse mecanismo regional.

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