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Diário Liberdade
Sexta, 17 Agosto 2018 12:41 Última modificação em Terça, 21 Agosto 2018 22:12

Tentativa de magnicídio de Maduro e planos intervencionistas contra a Venezuela

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País: Venezuela / Antifascismo e anti-racismo / Fonte: Prensa Latina

A tentativa de magnicidio ocorrida na Venezuela em 4 de agosto faz parte dos planos para uma intervenção estrangeira, repetidos obstinadamente pelos Estados Unidos e a extrema direita contra este país.

Massacrar o presidente Nicolás Maduro e a maioria das autoridades integrantes dos poderes públicos e do alto comando militar, uma grande parte do corpo diplomático acreditado em Caracas, pretendia levar o país ao caos e facilitar que forças estrangeiras pusessem sua bota em território venezuelano.

Se chegasse a se concretizar a ação terrorista, as consequências teriam sido imprevisíveis, pois seguramente a violência, a morte e a intervenção estrangeira marcariam dias, meses e talvez anos de escuridão no país.

No entanto, a resposta oportuna e a digna reação do povo e de seus órgãos de segurança evitaram a crise, e já mais de 34 envolvidos na preparação, financiamento e execução da tentativa de magnicídio esperam atrás das grades para pagar suas culpas, segundo os últimos relatórios das autoridades.

ESTRATÉGIA DO CAOS 

Com a ação de dois drones que carregavam o potente explosivo C4 na avenida Bolívar, em Caracas, a direita se mostrou capaz de recorrer a tudo para chegar ao poder, inclusive ao terrorismo.

No dia escolhido, quando se comemorava o aniversário 81 da Guarda Nacional Bolivariana, estavam presentes na tribuna 167 pessoas, entre elas, além do presidente Maduro, as máximas autoridades dos poderes públicos, ministros e mais de 100 generais e almirantes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Degolar a Revolução bolivariana e abrir o caminho às forças militares, paramilitares e outros componentes assentados em território da Colômbia, era o objetivo, segundo foi divulgado.

Em um material audiovisual mostrado durante uma coletiva de imprensa do ministro para Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, um dos participantes da ação, o terrorista Juan Carlos Monasterio Venegas enfatizou que a ideia central do plano de magnicídio era 'que ninguém ficasse vivo'.

Nesta carta, segundo provas apresentadas pelos órgãos de segurança e de inteligência do Estado, apostaram o ex-deputado do partido Primeiro Justiça (PJ), Julio Borges, e outros direitistas, por não dizer que foram instrumentos dos grandes poderes por trás da agressão contra a pátria de Bolívar.

Em um material audiovisual, o ex-deputado do PJ, Juan Requesens, delatou Borges como o autor intelectual do atentado e quem também o contatou para que apoiasse o deslocamento à Venezuela do coordenador da operação terrorista, Monasterio Venegas.

Depois das investigações de rigor, o promotor geral da República, Tarek William Saab, apresentou provas de que o planejamento e treinamento dos autores da ação terrorista se realizou no município colombiano de Chinácota, localizado em Norte de Santander, algo que estava registrado em um dispositivo eletrônico (tablet) confiscado de um dos grupos envolvidos.

Se o plano tivesse se consumado, o país seria presa fácil para uma intervenção militar estrangeira, algo que se encontra entre as intenções do Comando Sul de Estados Unidos e tem sido denunciado nos últimos meses pela prestigiosa intelectual e jornalista argentina Stella Calloni e pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, por citar dois exemplos.

PAPEL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 

Nesta tentativa de semear o caos na Venezuela, também cabe mencionar a ação dos meios de comunicação nacionais e internacionais.

O fracasso do plano os deixou sem argumentos, segundo fontes governamentais, mas ao mesmo tempo os levou a tratar de diminuir a importância e veracidade da denúncia do governo venezuelano.

Sobre esta estratégia desenvolvida pela direita e seus mentores estrangeiros, o acadêmico e presidente da Fundação Centro de Estudos Latino-americanos Rómulo Galegos (Celarg), Roberto Hernández, destacou que 'os magnicídios costumam ser catastróficos' e as tragédias que desencadeiam podem ser de magnitude variável e imprevisível.

Disso não falam as análises dos meios de imprensa que conspiram contra o povo venezuelano.

No 'relato' midiático, quem se levanta em armas contra a democracia burguesa é 'terrorista', quem atenta contra a democracia participativa e contra um governo legítimo reafirmado três vezes pelas urnas em poucos meses é um 'combatente pela liberdade', opina a jornalista e escritora italiana Geraldina Colotti.

Se o atentado contra Maduro tivesse acertado o alvo, teria se desatado uma guerra civil. Teria sido criada a situação adequada para uma intervenção militar externa, solicitada animadamente por um grupo de figuras públicas com o apoio dos parlamentares europeus, indica Colotti.

Depois de fracassar, se recorre a conhecidas técnicas de desinformação e se propõe que a ação e a denúncia foi uma montagem do 'regime' para distrair a atenção da 'crise humanitária' e desencadear uma caçada a bruxas sobre 'oposição pacífica', a mesma que impulsionou a violência terrorista em 2017.

A resposta a estas ações encontra-se nas ruas do país, onde manifestações multitudinárias expressam seu apoio a Maduro e à Revolução bolivariana.

Mais ainda, a Juventude do Partido Socialista Unido da Venezuela manifestou sua disposição de criar uma força de milícias de um milhão de jovens que se uniria aos dois milhões de pessoas treinadas desse componente das forças de defesa do país.

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