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Diário Liberdade
Sexta, 29 Julho 2016 23:33 Última modificação em Quarta, 03 Agosto 2016 13:14

Venezuela reforça promoção da gestão popular na produção e distribuição de produtos

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País: Venezuela / Laboral/Economia / Fonte: Diário Liberdade

Há duas semanas, em 12 de julho, trabalhadores e trabalhadoras receberam apoio do governo venezuelano para recuperar a fábrica da Kimberly Clark – Venezuela, no estado de Arágua, a qual havia sido bruscamente fechada pela multinacional, que decidiu encerrar suas atividades no país.

Para não ficarem à deriva e desempregados, os funcionários resolveram retomar a produção, que responde a 20% do mercado nacional no ramo de higiene pessoal.

Com a intenção de garantir a produção média das 25 milhões de fraudas por mês, 18 milhões de absorventes e 33 milhões de rolos de papel higiênico, o governo venezuelano aprovou na quinta-feira (21) o investimento de 22 milhões de dólares para o correto funcionamento da empresa, além de 700 milhões de bolívares para assegurar a matéria-prima na fábrica até o final do ano.

“O que não podemos aceitar é que venham alguns donos e, de um dia para o outro, fechem as portas e deixem os trabalhadores sem emprego”, afirmou o presidente Nicolás Maduro.

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Essa é uma das medidas que o governo bolivariano tem tomado para, com o apoio da população organizada principalmente nos bairros e locais de trabalho, enfrentar a crise que se aprofundou a partir das ações de empresas privadas, especialmente de bens de consumo básico, que têm causado um desabastecimento nos supermercados (estocando produtos para, com a desculpa da pouca oferta, elevar os preços e fazer uma especulação totalmente ilegal) para desestabilizar o governo e colocar a culpa da situação sobre a administração de Maduro.

Outra medida implementada pelo governo foi a criação dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP). Trata-se de um mecanismo que cria recursos para distribuir os produtos de consumo básicos a preços justos e regulados pelo governo, para os mercados públicos e privados. A própria população participa da distribuição, com a ajuda do Exército, que na Venezuela tem uma forte atividade na vida cotidiana junto à população desde que Hugo Chávez assumiu o poder e iniciou a política bolivariana que prega a participação dos soldados como membros da sociedade e que servem ao povo.

Os CLAP proporcionam que as empresas tenham condições de produzir, aumentar sua capacidade e aplicar as regulações estabelecidas. Cerca de 8,5 milhões de bolívares foram destinados ao programa, que teve início em abril deste ano e já expediu 33 mil toneladas de alimentos a preços justos a partir dos 8.471 comitês de distribuição que foram formados desde então. Já foram beneficiadas através deste mecanismo mais de 2,6 milhões de famílias, ou 6,4 milhões de indivíduos em todo o país.

Em entrevista ao canal Telesur na última quarta-feira (27), a ministra de Comunas e Movimentos Sociais, Isis Ochoa, afirmou que essas são alternativas que estão se formando para enfrentar o “rentismo importador” e “gerar uma economia local e nacional que possa liberar a economia produtiva da Venezuela”.

Há mais de dois anos o país sul-americano vem sofrendo com o desabastecimento de produtos. O governo e boa parte da população vêm denunciando e desmascarando o que está por trás de tal crise. A retenção de produtos básicos tem sido constante nesse período, como uma estratégia do setor privado nacional e estrangeiro de desgastar o governo diante da opinião pública, com o apoio dos grandes meios de comunicação venezuelanos e internacionais. Há mais de um ano têm sido revelados os casos de estocamento e especulação de produtos, e o governo bolivariano está começando a tomar medidas para combater o que chama de “guerra não convencional”.

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