A rede de extrema-direita dos EUA havia convocado para domingo (12) uma segunda edição da marcha de 2017, só que dessa vez na capital dos Estados Unidos. Alguns integrantes chegaram a se reunir para atendeu ao chamado da "Unite the right 2" ("unir a direita 2", em tradução livre), em defesa dos "direitos civis brancos".
Mas, em reação a convocação, diversos grupos antifascistas e a favor dos direitos civis, como o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), iniciaram uma manifestação pacífica em frente à Casa Branca, com cartazes que diziam "não aos nazistas, não a Ku Klux Klan e não aos EUA fascistas" e outros em que era possível ler "Love America, hate Trump" ("ame a América, odeie Trump").
Quando os neonazistas e os supremacistas marcharam em 2017 em Charlottesville, em um evento que chocou o mundo (além de deixar em alerta os defensores dos direitos humanos), a moradora e manifestante Heather Heyer foi morta pelo neonazista Ohio James, que avançou com seu carro contra a multidão de manifestantes antifascistas.
Não é a toa que alguns cartazes traziam mensagens anti-trump no contra-protesto progressista de ontem. Em 2017 o presidente norte-americano foi duramente criticado por não condenar claramente os manifestantes neonazistas e, nesse ano, não se pronunciou sobre as marchas enquanto elas estavam ocorrendo no domingo (12).
Graças aos milhares de manifestantes antirracistas e do movimento Antifa, ontem os supremacistas brancos não tiveram espaço para gritar suas palavras de ódio, e a marcha neonazista fracassou.