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Diário Liberdade
Quinta, 16 Agosto 2018 19:00 Última modificação em Segunda, 20 Agosto 2018 23:09

Por que Trump está sendo forçado a ir tão rápido na “guerra comercial”?

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País: Estados Unidos / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Revista Ópera

[John Ross] As recentes ações internacionais do presidente Trump criaram uma profunda controvérsia.

Durante a recente visita do presidente à Europa para a cúpula da OTAN, ele lançou ferozes ataques à Alemanha, à União Europeia e à primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May. Simultaneamente, seu comportamento na cúpula com o presidente Putin foi atacado com selvageria pela mídia dos EUA e grande parte do establishment político americano, tanto nos partidos Republicano quanto Democrata.

A China se concentra atualmente em suas próprias fricções comerciais com os EUA. Contudo, entender as razões para o conflito extremamente controverso do governo Trump contra numerosos países, bem como contra a China, é importante, pois esclarece a situação enfrentada pelos chineses. Em particular, compreender a situação precisa da economia dos EUA e a dinâmica de seu ciclo de negócios esclarece a aposta que o governo Trump é forçado a tomar ao partir de forma extremamente rápida para conflitos comerciais com outros países. Portanto, ajuda a esclarecer a posição da China e fornece informações sobre sua situação tática no conflito comercial. Também explica as táticas de Trump nas negociações com a União Europeia – primeiro fazendo ameaças e depois anunciando negociações com a UE quando o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Junker, visitou Washington.
Ataques de Trump em aliados e seu encontro com Putin

Vamos lembrar alguns eventos recentes a fim de fornecer um contexto geral, a escala dos ataques de Trump aos tradicionais aliados americanos durante sua recente viagem à Europa e a escala de ataques ao presidente nos EUA em sua cúpula com Putin foram de altos níveis.

- Na cúpula da OTAN, Trump declarou: “A Alemanha está prisioneira da Rússia porque recebem muito de sua energia de lá”. E: “Acho muito triste quando a Alemanha faz um enorme negócio de petróleo e gás com a Rússia, quando suponhamos que estivéssemos contendo a Rússia. Nós devemos protegê-la contra a Rússia, mas eles estão pagando bilhões de dólares para os russos”.

- Na Grã-Bretanha, o presidente Trump atacou a primeira-ministra May quanto ao Brexit em uma entrevista ao jornal mais vendido do Reino Unido: “Eu realmente disse a Theresa May como fazer isso [Brexit], mas ela não me escutou”. Sobre Boris Johnson, que acabou de renunciar ao governo de May, Trump declarou que ele “seria um excelente primeiro-ministro”.

- O encontro de Trump com o presidente Putin foi ferozmente atacado nos EUA. O New York Daily News trouxe a manchete “Traição Aberta” – sua primeira página mostrava uma ilustração de Trump de mãos dadas com um Putin sem camisa e atirando na cabeça do Tio Sam com uma arma na outra mão.

- John McCain, o proeminente senador do Arizona, declarou: “Nenhum presidente anterior jamais se rebaixou tão abertamente diante de um tirano. A conferência de imprensa hoje em Helsinque foi uma das apresentações mais vergonhosas de um presidente americano”.

- O presidente da Câmara dos Representantes e o segundo mais alto membro do Congresso, Paul Ryan, declarou: “O presidente precisa reconhecer que a Rússia não é nossa aliada”.

- John Brennan, diretor da CIA sob o presidente Obama, declarou: “O desempenho de Donald Trump na coletiva de imprensa em Helsinque não foi nada menos que traiçoeiro”.

- O New York Times comentou: “Tão desorientador foi o desempenho de Trump que coube a Putin tentar amenizar o golpe, como se ele reconhecesse o dano que os comentários do presidente causariam nos Estados Unidos”.

Os ataques de dentro dos EUA foram tão violentos que, segundo a mídia americana, teve que ser realizada uma reunião de emergência entre o presidente Trump e seus assessores durante o voo de volta para tentar controlar os danos, forçando uma rara confissão de erro por parte do presidente. Sob a manchete “Assessores de Trump fizeram controle de danos no Air Force One após encontro de Putin”, o Wall Street Journal observou: “Voando para casa na segunda-feira após o encontro com o presidente russo Vladimir Putin, o presidente Donald Trump e seus assessores reconheceram que ele havia cometido um erro. Trump, a bordo do Air Force One, falou à sua equipe sobre como corrigir da melhor forma o que eles sabiam ser um erro, culminando na declaração à tarde na Sala do Gabinete de que ele havia se equivocado”.

Apesar da ferocidade dos ataques dos EUA contra Trump, ele anunciou que estava convidando o presidente Putin para a Casa Branca, indicando que considerava as discussões com a Rússia da maior importância e urgência. O verdadeiro tema de tais discussões para Trump foi, sem dúvida, tentar romper as boas relações entre a Rússia e a China e tentar atrair a Rússia para uma aliança anti-China.

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