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Diário Liberdade
Terça, 11 Setembro 2018 16:44 Última modificação em Sábado, 15 Setembro 2018 20:44

O que nos deixou o dia 11 de setembro de 2001?

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País: Estados Unidos / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Granma

[Bertha Mojena Milián] Ainda doem aquelas imagens diante das quais o mundo ficaria paralisado, na terça-feira, 11 de setembro de 2001, quando as torres desmoronaram, o que desencadearia uma trilha de guerras que - à luz de hoje - parecem nunca terminar

Ainda doem aquelas imagens diante das quais o mundo ficaria paralisado, na terça-feira, 11 de setembro de 2001, quando as torres desmoronaram, o que desencadearia uma trilha de guerras que — à luz de hoje — parecem nunca terminar

Nos dias seguintes, o presidente norte-americano George W. Bush repetiu muitas vezes que «esta cruzada contra o terrorismo» levaria tempo, anunciando assim o chamado «novo tipo de guerra», uma «guerra total» e «sem limite», que definiria situações, conflitos, intervenções militares, novas ameaças contra Estados, coalizões de Estados e tudo o que seria erigido como um «inimigo», uma abstração chamada «mal», sob a justificativa da segurança nacional e a salvaguarda dos direitos daqueles que fazem desses conflitos e suas consequências, um negócio.

Muitas têm sido as maneiras com as quais se tentou mascarar todos os conflitos desencadeados, financiados ou apoiados pela América do Norte, nos quais a mídia tem sido a ponta do iceberg, brincando permanentemente com a mente e os sentimentos de milhões de pessoas no mundo, especialmente o próprio povo norte-americano.

Do ponto de vista legal, a Ata Patriota dos EUA, ou Lei Patriótica, foi reforçado, o que reforçaria o princípio de emergência permanente de um Estado que, por sua vez, suspendeu as limitações constitucionais que até 2001 impuseram à Constituição para a luta contra terrorismo, recapeamento de práticas como tortura — desde que realizada fora do território dos EUA — e criação de um departamento no mais alto nível reconhecido como Segurança Interna ou Segurança Nacional, embora na realidade tenha sido apresentado como o Departamento de Segurança Interna.

De acordo com um relatório do projeto Costs of War, da Brown University, os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 8 trilhões em guerras, desde 2001 e terão que pagar uma quantia semelhante ​​nas próximas décadas. Embora o tempo passe, os desejos da guerra permanecem latentes e bem vivos; lembre-se que até o ano de 2019, Donald Trump aprovou um orçamento recorde de 716 bilhões de dólares para a «Defesa».

Seria bom que se lembrasse que esse dia e suas consequências nos permitem refletir e perguntar a nós mesmos repetidas vezes: Será que tem algum preço as vidas de centenas de milhares de vítimas inocentes de tantos conflitos desencadeados depois de 11 de setembro de 2001 e que parecem não ter fim?

CRONOLOGIA DAS GUERRAS SEM LIMITES PROMOVIDAS PELOS EUA

2001 – Inicia a guerra no Afeganistão. Ali continuam hoje mais de oito mil soldados estadunidenses.

2003-2011 – Guerra no Iraque. A justificação: acusado de possuir armas nucleares.

2010-2013 – EUA financiam e promovem ações violentas desatadas no âmbito da «Primavera Árabe», com repercussões na Tunísia, Egito, Líbia, Síria, Iêmen e outros países.

2012 – Começa o conflito na República Centro-africana. Estima-se que mais de 4,5 milhões de moradores foram deslocados.

2013 – Participam nos exercícios militares em grande escala com a Coreia do Sul, que intensificam o conflito coreano.

2014 – Guerra na Líbia. O conflito se alastra a todo o mundo árabe.

A partir dos conflitos em Ucrânia e Geórgia, ações militares da OTAN e dos EUA intensifica-se o cerco à Rússia, ao que se acrescenta a guerra comercial e na mídia.

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