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Diário Liberdade
Quinta, 15 Setembro 2016 19:36 Última modificação em Domingo, 18 Setembro 2016 23:29

10 maiores empresas ganham mais do que maioria dos países do mundo juntos

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/ Laboral/Economia / Fonte: Esquerda

69 das 100 maiores entidades económicas são empresas, e não países. Se olharmos para a lista das 200 principais entidades económicas, a situação é ainda mais flagrante, já que 153 são empresas. A Walmart, Apple e Shell são mais ricas do que a Rússia, Bélgica e Suécia.

Segundo a Global Justice Now, em 2015, as 10 maiores empresas do mundo - entre as quais a Walmart, Shell e Apple - registaram uma receita combinada superior à receita dos 180 países com menos dinheiro, lista que inclui a Irlanda, Indonésia, Israel, Colômbia, Grécia, África do Sul, Iraque e Vietname*.

O diretor da Organização Não Governamental (ONG), assinala que "a vasta riqueza e poder das multinacionais está na base de muitos dos problemas do mundo - como a desigualdade e as alterações climáticas”.

“A procura atual por lucros de curto prazo parece sobrepor-se aos direitos humanos mais elementares de milhões de pessoas no planeta. Estes números mostram que o problema está a piorar”, alerta Nick Dearden.

"O governo do Reino Unido tem facilitado este aumento do poder empresarial - através de estruturas fiscais, acordos comerciais e até mesmo programas de apoio que ajudam grandes empresas”, sublinha o representante da ONG.

“Todo o seu apoio incondicional ao acordo comercial EUA-UE (TTIP) , é apenas o mais recente exemplo do apoio do governo às grandes empresas”, acrescenta, lamentando que, “vergonhosamente, [o Reino Unido] também se opõe sistematicamente ao apelo dos países em desenvolvimento no sentido de garantir que as empresas prestem contas na ONU dos seus impactos sobre os direitos humanos”.

“É por isso que hoje estamos a juntar campanhas de todo o mundo para exortar o governo britânico a parar de bloquear essa reivindicação internacional por justiça", destaca Dearden.

A Global Justice Now divulgou agora estes números por forma a aumentar a pressão sobre o governo britânico para que este não vete, tal como já fez no passado com propostas semelhantes, a criação de um tratado juridicamente vinculativo, a nível nacional e global, que assegure que as transnacionais são abrangidas por todas as responsabilidades no domínio dos direitos humanos. O documento está a ser preparado por um grupo de trabalho da ONU, liderado pelo Equador.


* Os números apresentados pela Global Justice Now foram calculados a partir de uma comparação direta das receitas anuais das empresas e a receita anual dos países. Fontes: CIA World Factbook 2015 e Fortune Global 500.

Esquerda.net com Global Justice Now.

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