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Segunda, 24 Abril 2017 10:45

Por que a juventude deve lutar, a plenos pulmões, junto à classe trabalhadora?

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País: Brasil / Batalha de ideias / Fonte: Esquerda Diário

[Arthur Witter Meurer] Dizem que nós, estudantes, não devemos ter um programa voltado à classe trabalhadora. Dizem, esses mesmos, que a juventude não deve interferir no que, teoricamente, não lhe diz respeito.

Negam totalmente a existência de estudantes trabalhadores e filhos de trabalhadores, isso quando conseguem entrar na Universidade; e mais, quando conseguem se manter na Universidade.

Não creem na juventude e num DCE de Luta e nos próprios estudantes que depositarão seus votos em um programa elitista, que não visa o fim desse filtro social que é o vestibular. E mais - desconhecem a história do movimento estudantil que sempre lutou ao lado da classe trabalhadora e pela classe trabalhadora, seja em 1964, durante a ditadura militar, em 2013 contra o aumento da passagem, e em 2016, com a maior onda de ocupações dos secundaristas, que apoiaram seus professores, reivindicando uma melhor infraestrutura, melhores salários e contra o projeto Escola com Mordaça. Mais tarde, os estudantes ocuparam as Universidades, como a UFGRS, para barrar os ataques do Governo Temer, como a PEC 55, pelo pagamento de salários atrasados, vale alimentação e vale transporte das terceirizadas. 2017 inicia-se um novo período de enfrentamentos. Ou melhor, eles apenas continuam. Com a entrada do prefeito [de Porto Alegre] Nelson Marchezan, a juventude e a classe trabalhadora sofre com mais ataques e ataques: a privatização da Carris e o aumento da passagem - sem discorrer muito sobre, mas é válido lembrar do sindicato burocrata dos rodoviários traiu uma decisão em assembleia, cedendo aos interesses da patronal; a greve dos municipários de Cachoeirinha, que já dura mais de 40 dias e a reforma trabalhista e da previdência, que afetará a vida de quem tudo produz e, além disso, a vida de nós, estudantes e futuros trabalhadores.

Por que lutamos? Por quem lutamos?

Porque queremos tirar a poeira das nossas vestes, a poeira do capitalismo que tanto suja nossas roupas!

Lutamos para que o povo pobre possa ter acesso à Academia, ao conhecimento.

Todavia, esses elementos citados, desde a passagem mais cara, o não pagamento de salários, a falta infraestrutural das escolas e da própria Universidade, a privatização e elitizacão do conhecimento, a terceirização e reforma trabalhista, estão arraigados no sistema capitalista - a burguesia vê lucro em tudo. Para lucrar cada vez mais, é capaz de escravizar um Ser humano e precarizar os serviços básicos, até mesmo a estrutura da Universidade, visto que 50% do PIB é direcionado ao pagamento da dívida pública.

Defendemos um programa para o estudante, para juventude em luta, que efervesse dia após dia e para o trabalhador, que tem se mostrado disposto a lutar.

Contra o capitalismo, contra a precarização da vida. Por uma unidade entre faísca da revolução e os sujeitos históricos capazes de derrubar esse modo de produção.

Quando os reformistas gritam "loucos", sabemos o que somos e pelo que lutamos; loucos para tentar algo que nunca tentaram, loucos para romper a bolha do conformismo, dos muros da Universidade e lutar pelo "impossível", como eles dirão. Quando os reformistas gritam "loucos", temem uma nova juventude que nasce no asfalto, uma juventude pronta pra gritar a plenos pulmões, ombro a ombro junto da classe que tudo produz! Quando os reformistas gritam "loucos", significa que o reformismo falhou e há algo que só os loucos podem fazer. Aliás, quantas vezes Lênin e Trotsky já ouviram isso dos mencheviques?

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