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Diário Liberdade
Segunda, 18 Setembro 2017 00:11 Última modificação em Domingo, 08 Outubro 2017 23:37

Estado de exceçom na Catalunha nom para independentismo, que ganharia referendo

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País: Paísos Cataláns / Direitos nacionais e imperialismo / Fonte: Diário Liberdade

Independentismo conseguiria 70% dos votos num referendo com 60% de participaçom. Espanha, em estado de exceçom nom declarado.

A obsessom do governo autoritário de Mariano Rajói por proibir o referendo catalám está a desmascarar, a quem ainda tinha algumha dúvida, a verdadeira natureza do regime espanhol. Nestes dias, a Catalunha especialmente, mas um pouco o conjunto do território administrado por Madrid, vive um estado de exceçom nom declarado para tentar parar a convocatória para a votaçom sobre a constituiçom ou nom do Principado da Catalunha em república independente.

Essa é a única aposta do regime espanhol para parar o que se prevê como contundente sucesso do independentismo.

Inquéritos prevém alta participaçom e vitória do "Si" com 70% dos votos

último inquérito sobre o que está a acontecer na Catalunha, publicado polo jornal Ara sábado 17 de setembro, di que 60.2% das pessoas com direito a votar participarám na convocatória do referendo - 51% com certeza, e 9.2% com probabilidade - apesar das ameaças espanholas. Entre os e as que participarám, haveria umha abafante superioridade do "Si", que atingiria cerca de 70% dos votos - frente a só 14.3% do "Nom".

Se 100% do censo votar, o "Si" também ganharia, embora nesse caso com 44% frente a 38% do "Nom" - haveria quase 4% de votos brancos, enquanto 14% ainda nom decidírom o seu posicionamento.

O mais interessante do inquérito é comprovar que a intençom de votar se mantém por volta de 60%, apesar de a pesquisa ter sido realizada já depois de o regime de Madrid tê-la declarado ilegal. Ainda, comprova-se que entre julho (data do inquérito anterior) e setembro, o independentismo ganhou cerca de 4 pontos - tanto entre quem irá votar quanto no conjunto do censo. Esses pontos saírom diretamente do grupo das pessoas sem voto decidido.

Forte suporte popular

O que o inquérito recolhe é coerente com o visto nas ruas do país mediterránico ao longo das últimas décadas e, muito especialmente, dos últimos 10 anos. Especialmente nas celebraçons nacionais que, todos os 11 de setembro desde 2010, juntárom massivas quantidades de manifestantes pola independência. A de 2017 chegou a o milhom de manifestantes. Isso é quase 15% do total da populaçom da Catalunha.

Mas para além dessa enorme demonstraçom de força, nos últimos dias a campanha polo "Si" está a contar os atos por dúzias - frequentemente com interrrupçons e, sempre, sob proibiçom do braço judicial do regime espanhol - com umha altíssima assistência. Também é relevante a adesom expressa de 700 presidentes/as de autarquias catalás - o Principado conta 1,000 - ao projeto independentista. Entre as Cámaras Municipais que facilitarám a votaçom está a da capital e maior cidade, Barcelona, após muitas hesitaçons da Presidenta Ada Colau - proxima da social-democracia espanhola - que, finalmente, acabou cedendo à pressom social e mesmo de dentro do seu partido.

Precisamente Colau e o Presidente catalám Puigdemont receberam esta semana os e as 700 alcaides perseguidos por Madrid devido ao seu compromisso com o referendo, enquanto centenas de pessoas mostravam nas ruas a sua solidariedade com elas e eles.

Ameaças, censura e, agora, Espanha disposta a sequestrar os serviços básicos cataláns

Ficará para a História a imagem dos numerosos registos realizados em imprentas catalás para procurar as urnas e as papeletas que serám usadas no referendo - com um fracasso que provavelmente só será superado polo do "Nom" no dito processo democrático. No domingo (17), a Guardia Civil garantiu ter confiscado um milhom de cartazes de difusom do referendo. Da Assembleia Nacional Catalana (ANC), organismo independentista popular, respondêrom: "por cada cartaz que retirem, nos colaremos dez". Nos últimos dias, Madrid também enviou os seus corpos repressivos a meios que inseriam publicidade paga do referendo. Assi, a Guardia Civil entrou ao Nacional, Vilaweb, El Vallenc, Racó Catalá, El Punt Avui; e notificou-lhes que nom poderiam mais informar do referendo na sua publicidade, ameaçando-os com atuaçons penais.

Com responsabilidades penais estám também ameaçadas os milhares de pessoas que fôrom chamadas a participar nas mesas eleitorais no próximo dia 1 de Outubro. Apesar de que a assistência é obrigatória conforme ao marco legal catalám, o próprio presidente do governo espanhol pediu de Madrid que os e as presidentas e resto de membros das mesas eleitorais nom participassem nas mesmas, sob risco de serem punidos legalmente - o qual, no entanto, teria escasso fundamento legal segundo especialistas na matéria.

A última manobra espanhola para parar um referendo que sabem que perderám é, diretamente, sequestrar os serviços públicos cataláns, incluindo os básicos como saúde ou educaçom. Isso foi o que prometeu sexta-feira (15) o Ministro espanhol da Fazenda, Cristobal Montoro, numha conferência de imprensa em que avisarom que, caso o governo de Barcelona nom se submeta de maneira imediata às imposiçons espanholas - isto é, desconvocar o referendo e aceitar de maneira completa as condiçons unilateralmente ditadas por Madrid, será a Espanha quem controle as contas bancárias da Generalitat, afogando-a economicamente e impedindo-lhe dispor de nada que nom seja a escassa fatia que a autonomia tem permitido angariar hoje diretamente (menos de 20% da receita fiscal total, que mensalmente é de cerca de 1,400 milhons de euros).

O Presidente catalám, Carles Puigdemont, explicou numha recente entrevista a Vilaweb que os planos continuam em frente apesar de todas as manobras em andamento com direçom de Madrid, e ainda preveu a nula efetividade das ditas medidas. Segundo deixa entender, o governo autónomo tinha já previsto esta reaçom de Madrid e todo o necessário para o referendo ser realizado com sucesso estaria pronto antecipadamente.

Entretanto, Espanha reforça já a presença policial em chao da Catalunha, e alguns responsáveis do exército pediram já umha invasom militar. Manobras do exército espanhol decorrêrom nos dias seguintes à celebraçom do Dia Nacional da Catalunha em 6 municípios do Principado que anseia a sua independência.

Marca España / Marca Ridículo

Como já esperavam todos e todas aquelas que conhecem a Marca España, os episódios de ridículo incorporam-se à campanha repressiva: a Guardia Civil já informou da confiscaçom de umha vassoura, e também de cem mil cartazes de propaganda do referendo - que o mesmo corpo repressivo fotografou num tweet cuja difussom nas redes atingiu muitíssimo mais do que 100,000 impressons. Um pouco de humor numha situaçom nada divertida.

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